Home office: vantagens e desvantagens deste meio de trabalho que conquistou o mercado

t

É inegável que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus trouxe e trará consequências para a sociedade. Não apenas jurídicas, através das mais diversas decisões de tantas naturezas, mas também é certo que a vida em comunidade não será mais a mesma. Algo que foi diretamente tocado pela COVID-19 se refere ao mundo do trabalho: as empresas precisaram adaptar seus funcionários a uma nova rotina (para uma grande parcela, pelo menos), estabelecendo regime de home office e reuniões telepresenciais para que o negócio não paralisasse completamente.

Na tradução literal da língua inglesa para o português, “home office” é o trabalho em casa. Ou seja, este tipo de trabalho é realizado pelo empregado dentro de sua casa, remotamente. Não é algo novo, afinal, muitas empresas antes da pandemia oportunizam essa modalidade de trabalho aos seus funcionários, mas, com certeza, popularizou-se após todo o mundo ter sido colocado em xeque diante da impossibilidade de se estar reunido, por conta do alto índice de contágio e disseminação do novo coronavírus.

E não são poucos os benefícios do home office: diante da evolução dos meios de comunicação e do progresso da tecnologia foram criados dispositivos portáteis como notebooks, tablets, smartphones, além do desenvolvimento de aplicativos, meios de armazenamento, softwares e sistemas. Enfim, a inteligência artificial é um aliado do empregado que faz home office, fazendo com que este tipo de trabalho entre na casa das pessoas e permita que elas trabalhem precisando apenas de um sinal de internet.

Trata-se de uma alternativa mais barata para o empresário, que pode deixar de se preocupar com o local físico de trabalho e economizar este custo, podendo investir em outros campos da empresa. Fora que, se falarmos em cidades grandes do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, que têm quilômetros de congestionamentos todos os dias e transportes públicos lotados, há também o tempo perdido de deslocamento dos empregados, tanto de ida para o trabalho como de volta para casa, o que acarreta perda de tempo e produtividade, que pode ser compensada se o funcionário trabalhar de sua própria casa.

Porém, nem tudo são flores. Se levarmos em consideração que o trabalhador está em casa, em que pese ele possa ser mais produtivo, isso pode levar a mais horas de trabalho. Não é raro ouvir relatos de profissionais das mais diversas áreas alegando que trabalham além do expediente, incluindo finais de semana. Tal comportamento pode levar o empregado ao esgotamento mental, o que vai de encontro a produtividade esperada no home office.

Em matéria recente, a Revista Exame1 divulgou que, em 2017, quando os Estados Unidos realizaram o censo de sua população, somente 3% das pessoas afirmaram que trabalhavam majoritariamente em casa. Agora, com a pandemia, diante da obrigatoriedade de ficar em casa, as pessoas não veem a hora de voltar às suas rotinas normais (ou seja, o dia-a-dia dentro do escritório).

Vejamos o todo: não só as empresas tiveram que se adaptar a uma nova rotina, seguindo às orientações das autoridades de saúde, como também escolas, por exemplo, tiveram que se reinventar para que crianças e adolescentes não tivessem seu ano letivo prejudicado. Da mesma forma que os adultos, as crianças estão tendo aulas online, e pais estão virando tutores, pois a realização das tarefas, por vezes, necessita de supervisão. Suponhamos, portanto, que um casal de trabalhadores em regime de home office tenha um filho nestas condições. Ora, sabemos que crianças demandam atenção e cuidado, ainda mais nesta época em que elas estão forçadamente em casa, deixando de conviver com seus amigos e com bastante energia. Por certo, não deve ser fácil.

Ainda, há uma pressão feita pelo próprio trabalhador a ele mesmo com a necessidade de “mostrar serviço” ao patrão. De acordo com o jornal Folha de São Paulo2, demissões causadas pela pandemia já afetam 13% das famílias e 40% das empresas: ou seja, o medo de ser impactado economicamente pela pandemia aflige o empregado, que reage trabalhando cada vez mais. Unido a isso, o tédio e a falta do que fazer por se estar em casa leva também o funcionário a ficar muito mais horas conectado do que ficaria em uma situação normal.

Tais ponderações levaram à seguinte pergunta: pode ser considerado acidente de trabalho caso o trabalhador contraia Síndrome de Burnout (o esgotamento mental causado pelo trabalho) ocasionado pelo home office durante a pandemia? Sabe-se que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já considera o Burnout como doença ocupacional desde antes de a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerá-la um fenômeno ocupacional, o que ocorreu em 20193. A decisão abaixo é de 2015:

REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. SÍNDROME DE BURNOUT. DOENÇA OCUPACIONAL EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRABALHO. VALOR ARBITRADO À CONDENAÇÃO. R$ 30.000,00 (TRINTA MIL REAIS), A TÍTULO DE DANOS MORAIS, REDUZIDO PARA R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS) PELO TRIBUNAL REGIONAL. STRESS OCUPACIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO. MAJORAÇÃO DEVIDA. R$ 60.000,00 (SESSENTA MIL REAIS). Dallegrave Neto define o burnout como “um esgotamento profissional provocado por constante tensão emocional no ambiente de trabalho”, ocasionado por um sistema de gestão competitivo, com sujeição do empregado às agressivas políticas mercantilistas da empresa. Segundo Michael P. Leiter e Christina Maslach “a carga de trabalho é a área da vida profissional que está mais diretamente associada à exaustão. Exigências excessivas de trabalho provenientes da qualidade de trabalho, da intensidade dos prazos ou da complexidade do trabalho exaurem a energia pessoal” . Os autores também identificam que, do ponto de vista organizacional, a doença está associada ao absenteísmo (faltas ao trabalho), maior rotatividade, má qualidade dos serviços prestados e maior vulnerabilidade de acidentes no local de trabalho. A síndrome de burnout integra o rol de doenças ocupacionais do Ministério do Trabalho e Emprego. Está inserida no Anexo II do Regulamento da Previdência Social. O mencionado Anexo identifica os agentes patogênicos causadores de doenças profissionais ou do trabalho, conforme previsão do artigo 20 da Lei nº 8.213/91. Entre os transtornos mentais e de comportamento relacionados ao trabalho (Grupo V da CID-10) consta, no item XII, a síndrome de burnout – “Sensação de Estar Acabado (Síndrome de Burnout, Síndrome do Esgotamento profissional)” , que na CID-10 é identificado pelo número Z73.0. No caso específico dos autos, a gravidade do distúrbio psicológico que acometeu a reclamante é constatada pelas informações de natureza fática registradas no acórdão regional: longo período de afastamento do trabalho, com a concessão de benefício acidentário pelo INSS e o consumo de medicamentos antidepressivos, além de dois laudos periciais reconhecendo que a incapacidade laboral da autora é total, a doença é crônica e não há certeza sobre a possibilidade de cura. Por oportuno, este Relator já teve a oportunidade de se manifestar em matéria semelhante, em que se reconhece como passível de reparação por dano moral a exigência excessiva de metas de produtividade, isso porque o sentimento de inutilidade e fracasso causado pela pressão psicológica extrema do empregador não gera apenas desconforto, é potencial desencadeador de psicopatologias, como a síndrome de burnout e a depressão, o que representa prejuízo moral de difícil reversão ou até mesmo irreversível, mesmo com tratamento psiquiátrico adequado. Atenta-se ao fato de que, além da observância ao meio ambiente de trabalho seguro e saudável, conforme assegura a Constituição Federal de 1988, imprescindível considerar, ainda, que cada indivíduo deve ser respeitado em sua singularidade, daí a necessidade de se ajustar o contexto ocupacional à capacidade, necessidade e expectativas razoáveis de cada trabalhador. O Tribunal Regional de origem, ao fixar o valor da reparação por danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais), não atentou para as circunstâncias que geraram a psicopatologia que acarretou a invalidez da reclamante, oriunda exclusivamente das condições de trabalho experimentadas no Banco reclamado, período em que sempre trabalhou sob a imposição de pressão ofensiva e desmesurada, com o objetivo de que a trabalhadora cumprisse as metas que lhe eram impostas. Portanto, cabível a majoração do valor da indenização por dano moral para R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Recurso de revista conhecido e provido. (TST – RR: 9593320115090026, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 29/04/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 08/05/2015)4.

Ressalte-se que, além de ser necessário comprovar o nexo causal entre a moléstia e o trabalho, não se espera que as empresas, neste momento, sejam levadas a erro e voltem a operar fisicamente. É importantíssimo que toda a sociedade contribua ficando em casa, se puder, enquanto durar a pandemia. Os especialistas em saúde fazem recomendações a todo o tempo, e logo a volta ao trabalho acontecerá.

Em contrapartida, algumas empresas devem repensar suas decisões. Foi anunciado durante este período que algumas corporações farão home office até o final do ano; outras, para sempre. Deve-se refletir para verificar se este meio de trabalho, tão prático, é o ideal para o negócio. Se pensarmos em um acidente de trabalho ocasionado por Burnout, talvez, durante a pandemia, as decisões dos tribunais trabalhistas sejam flexibilizadas, pois os juízes não são obrigados a ficar adstritos ao laudo pericial. Porém, quando tudo isso passar, esta interpretação não será a mesma, o que pode alavancar o passivo trabalhista empresarial.

A par de todo o exposto, não importa o cenário, pois se deve lembrar também que o trabalho, assim como a escola, é um meio de socialização: alguns laços de amizade são criados durante o exercício das funções e são levados para toda a vida. Com a tecnologia, o afastamento é inevitável, o que pode levar à solidão. Ainda, as organizações modernas demandam um comprometimento do trabalhador, sendo o mais valorizado aquele que “veste a camisa” da empresa. Muito disso, vem do sentimento de pertencimento àquela organização e, consequentemente, ao ambiente. Lógico que o home office, em épocas normais, durante alguns dias da semana, é um ótimo benefício para o empregado. Todavia, recomenda-se reflexão aos empregadores para a forma de implementação e manutenção desta modalidade após a pandemia.

___________

*Bruna Larissa Feitosa de Carvalho é advogada graduada pela Universidade Tiradentes (UNIT/SE), pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Gestão de Pessoas e Compliance Trabalhista pela Fundação Getúlio Vargas (FGVLAW-SP).

*Ricardo Calcini é palestrante e Instrutor de eventos corporativos pela empresa Ricardo Calcini | Cursos e Treinamentos, especializada na área jurídica trabalhista com foco nas empresas, escritórios de advocacia e entidades de classe. Membro do IBDSCJ, do CEAPRO, da ABDPro, da CIELO e do GETRAB/USP.

Aplicativo rastreia saúde mental do usuário conforme uso do smartphone Programa desenvolvido por canadenses é capaz de detectar estado emocional carregado dependendo da velocidade e força de digitação; app está sendo testado por 300 pessoas

Ansiedade smartphone
A A A

Pesquisadores da Universidade Dalhouse, no Canadá, decidiram encontrar uma forma de monitorar a saúde mental das pessoas por meio de um equipamento que já se tornou uma extensão do corpo: o smartphone. Com isso, foi desenvolvido o Prosit, um aplicativo que pode detectar ansiedade e depressão com base na maneira com que a pessoa usa o celular.

O programa utiliza recursos fáceis de rastrear, como sonoexercício, chamadas, mensagens e gostos musicais. Porém, também observa dados mais sutis, como velocidade e força de digitação, que podem sugerir um estado emocional carregado. Além disso, todas as semanas, os usuários são convidados a gravar um pequeno áudio de 90 segundos, descrevendo o mais emocionante da semana e relatar os sentimentos em uma escala pré-determinada.

O rastreamento de dados levanta a questão da segurança dos usuários, mas os pesquisadores estão cientes disso. O aplicativo requer a assinatura de um formulário de consentimento e os dados são armazenados em um “local seguro”. Apesar dessas medidas de segurança, é extremamente difícil garantir completamente a segurança das informações coletadas.

prosit.jpgAinda assim, aplicativos como o Prosit podem ser úteis em um momento no qual a saúde mental das pessoas tem sido bastante comprometida. Apesar de não criar uma imagem completa do bem estar psicológico dos usuários, o app pode servir como um instrumento a mais para ajudar os profissionais a entender o paciente fora das seções de terapia.

O aplicativo está sendo testado por 300 pessoas desde fevereiro e não tem uma data para ser disponibilizado ao público. O projeto possui um site oficial para contar ao público o que é desenvolvido.

Redes sociais e a saúde mental

Parece um ambiente seguro. Afinal, fica dentro de casa, onde pais e familiares podem se manter alertas sobre qualquer movimentação. Só que muitas vezes é um vale sombrio repleto de solidão. Uma solidão acompanhada de muito ciberbullying.

Este é o cenário da internet hoje para muitos. Em julho de 2019, houve um caso muito simbólico: a blogueira Alinne Araújo, que falava justamente sobre sua própria depressão nas redes, cometeu suicídio um dia após casar-se consigo mesma — ela decidiu seguir com o casamento mesmo depois da desistência do noivo, um dia antes da cerimônia.

Via: Engadget

Covid-19: impactos na saúde mental também preocupam especialistas

O “impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já é extremamente preocupante”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego.”

Foto: PIXABAY / DINO

Antes de decretar a pandemia, a OMS já classificava toda a situação como uma infodemia. Em outras palavras, a abundância de vídeos, textos, gráficos, ilustrações e áudios, sejam eles verdadeiros ou fakes, dificulta o entendimento das orientações e gera uma crise de confiança entre a população. Das duas, uma: ou o indivíduo fica totalmente paranoico ou passa a duvidar de tudo que brota na tela do celular.

Caso a Covid-19 siga a mesma trilha do que aconteceu em 2002/2003, durante a pandemia de Sars (síndrome aguda respiratória grave), a tendência é que haja uma avalanche de doenças psiquiátricas nos próximos meses. Há 17 anos, houve um aumento de 30% nos casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático entre os indivíduos que ficaram em quarentena na China, o país mais atingido pela doença na época. Os dados são de pesquisadores do King’s College London, na Inglaterra, e foram publicados no periódico científico The Lancet recentemente.

Os efeitos da Covid-19 na saúde mental

Revistas GoRead: a maior plataforma de revistas digitais

Assine mais de 200 títulos dos mais variados conteúdos. Leia do app onde e quando quiser.

Uma coisa é certa, a Covid-19 é uma doença que requer atenção e cuidados diretos, principalmente para as pessoas do grupo de risco, porém indiretamente, ela pode ascender muito mais efeitos colaterais.

Primeiro, por conta do confinamento em casa. Um estudo da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, estima que a falta de contatos sociais traz riscos à saúde comparáveis a fumar 15 cigarros por dia e chega a ser duas vezes mais danosa que a obesidade. Um aumento no consumo de álcool é outra área de preocupação dos especialistas em saúde mental. Estatísticas do Canadá relatam que 20% das pessoas de 15 a 49 anos aumentaram seu consumo de álcool durante a pandemia. Afinal, trata-se de uma doença em que não há perspectiva de vacinas ou remédios com capacidade de cura para os próximos meses.

O segundo efeito é a crise econômica mundial que vem chegando. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o mundo entrará na maior crise desde 1929, ano em que ocorreu a quebra da bolsa de valores de Nova York, nos Estados Unidos.

E uma coisa acaba levando a outras, mais graves. O colapso econômico que acometeu a Europa a partir de 2008 afetou a saúde mental da população. Nesse período, houve um aumento significativo das taxas de suicídio no continente.

O terceiro efeito é a pressão cotidiana na vida das pessoas como por exemplo a tripla jornada entre as mulheres, que ficam responsáveis por cuidar de vários quesitos do lar, da família estando ainda em home-office. Na China, o primeiro epicentro do coronavírus, alguns cartórios registraram um aumento nos pedidos de divórcio quando a vida começou a voltar ao normal. Nas províncias de Shaanxi e Sichuan, por exemplo, houve um recorde nos índices de separação a partir das últimas semanas de março, de acordo com informações do jornal chinês The Global Times.  Ainda na China, durante a pandemia, os profissionais de saúde relataram altas taxas de depressão (50%), ansiedade (45%) e insônia (34%) e, no Canadá, 47% dos profissionais de saúde relataram a necessidade de suporte psicológico. Dados do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo revelam que casos de agressões aumentaram 30% em março de 2020, quando o isolamento social foi iniciado.

Esse compilado de informações é assustador, mas existem soluções para minimizar tudo isso.  Quando as pessoas estão em casa, elas tendem a atrasar os compromissos diários: acordam, almoçam, jantam e voltam a dormir cada vez mais tarde. Segundo Bruno Motti, empreendedor mineiro que possui negócios na África e Ásia, “Precisamos manter uma regularidade nos horários durante todos os dias da semana, especialmente neste período de quarentena, isso trará mais produtividade. Aproveite as coisas simples da vida, ela está no sorriso e aconchego de entes queridos e conversas com amigos, a verdadeira felicidade sempre estará em momentos assim.”

O que fazer

Tenha o hábito de tomar sol todos os dias, faça disso um ritual. Reserve alguns minutos da manhã, antes das 11 horas, para relaxar na varanda, no quintal ou na janela. Esse banho de luz estimula a liberação de serotonina, substância que, entre os neurônios, produz a sensação de bem-estar, auxiliando na performance das tratativas do dia.

Manter uma rotina de exercícios físicos é outra via para garantir o equilíbrio da química cerebral, ela auxilia a extravasar toda a energia acumulada no corpo. A ingestão de vitaminas também auxilia muito para um melhor equilíbrio do corpo e da mente, através de frutas, verduras ou suplementos.

Existem também suplementos para o cérebro que auxiliam na resiliência mental, eles trazem uma melhoria cognitiva, no foco, na memória, no raciocínio e consequentemente na produtividade diária. O nome desses suplementos são os Nootrópicos, pílulas naturais que estimulam a performance cerebral e não possuem efeitos colaterais. A maioria dos nootrópicos são importados, mas recentemente no Brasil foram lançadas algumas fórmulas condizentes com as diretrizes da Anvisa. “O Gobrain Brasil é o suplemento que chega mais perto das formulações de fora e traz uma comunicação mais atenta a nossa saúde mental”, diz Bruno Motti CEO da Gobrain Brasil – http://www.gobrainbrasil.com.br.

Ele ainda afirma: “Uma coisa é certa, em tempos de pandemia agradeça pelas coisas simples da vida e valorize quem está contigo nessa, nós só descobrimos o quão forte nós somos quando ser forte é nossa única escolha; portanto procure ter um mindset equilibrado, pois sua mente que irá lhe guiar por toda essa crise.”

Website: http://www.gobrainbrasil.com.br

Estado da Nação. Pandemia representa “um sério risco” para a saúde mental

A pandemia Covid-19 representa “um sério risco” de problemas adicionais de saúde mental, sendo “particularmente preocupantes” as perturbações que se desenvolverão nos próximos meses devido “às graves consequências” sociais e económicas desta crise, alerta um relatório.

Estado da Nação. Pandemia representa "um sério risco" para a saúde mental

11:54 – 23/07/20 POR LUSA

POLÍTICA ESTADO DA NAÇÃO

A situação de isolamento, de incerteza quanto ao futuro, de perda e de luto poderá determinar, numa primeira fase, um aumento dos problemas de ansiedade e depressivos, na maior parte dos casos autolimitados e de gravidade ligeira”, refere o relatório ‘Estado da nação e as políticas públicas’, organizado pelo ISCTE.

No entanto, “são particularmente preocupantes as perturbações mentais que se desenvolverão ou agravarão nos próximos meses, principalmente devido às graves consequências sociais e económicas desta crise de saúde pública (pobreza, desemprego, precariedade, insegurança e endividamento)”.

A análise é feita pela economista da saúde e gestora hospitalar Ana Sofia Ferreira, pela psiquiatra Manuela Silva, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e Julian Perelman, da Escola Nacional de Saúde Pública, em que destacam que Portugal está em 5.º lugar, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), no consumo de antidepressivos, apresentando também elevado consumo de ansiolíticos.

Apesar de a saúde mental ser considerada uma prioridade de saúde” e ter sido estabelecido o Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM 2007-2016), com extensão a 2020, por “falta de impulso político, de financiamento adequado e de capacidade de implementação das mudanças necessárias, este plano tem ficado muito aquém dos objetivos que pretendia atingir”.

As pessoas com perturbação mental grave (cerca de 4% da população) são “as mais vulneráveis” da sociedade, “esquecidas, estigmatizadas, durante séculos escondidas e maltratadas”, realçam.

A evidência científica demonstra que o seu tratamento se deve basear no apoio clínico e em programas de cuidados psicossociais integrados, prestados por equipas comunitárias e multidisciplinares, como está preconizado no PNSM, mas em Portugal o tratamento de grande parte destes doentes continua a limitar-se aos fármacos, sem acesso a um projeto de reabilitação psicossocial, impedindo-as de “recuperarem competências e de terem uma participação plena na sociedade, no mercado de trabalho e na sua vida familiar”.

Para os investigadores, é necessário melhorar a respostas dos Cuidados de Saúde Primários e dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental e dar “uma resposta hospitalar assente numa componente comunitária mais robusta e eficaz”.

“Os hospitais têm de manter internados (por vezes durante anos) doentes mentais crónicos que nunca deveriam estar num hospital de agudos, com custos muitíssimo superiores aos que adviriam para o SNS com as soluções alternativas que urge construir”, advertem.

Para dar resposta a estes casos foi criada em 2010 a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (RNCCISM), “mas foi interrompida logo em 2011 e tem avançado de forma muito tímida desde então”, observam.

Dados disponíveis no site da ACSS indicam que, em março, os lugares disponíveis na RNCCISM eram sensivelmente os mesmos que no final de 2018, “mas com prejuízo da resposta à infância e adolescência, e mantinham uma marcada desigualdade territorial”.

Os investigadores alertam que “a insuficiente responsabilização do SNS no desenvolvimento da rede, patente na escassez de financiamento que possibilite a adaptação das respostas atuais ou a criação de raiz de estruturas públicas vocacionadas para a gestão da doença mental crónica, comporta riscos de manutenção de graves lacunas” no acesso destes doentes “aos cuidados de saúde de que precisam e a que têm direito, e de persistência de desigualdades”.

O parlamento tem agendado para sexta-feira o debate do Estado da Nação.

Professores têm atendimento virtual com psicólogos durante a pandemia

(foto: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
(foto: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)

O novo normal da educação no Distrito Federal vem ligando um sinal de alerta quanto à saúde mental dos professores, que tentam se adaptar à rotina de aulas on-line em meio à pandemia da covid-19. Por isso, a Secretaria de Educação preparou ações de acolhimento.

Uma das iniciativas é o atendimento virtual com psicólogos, por meio da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Outro projeto é o Guia para Acolhimento à Comunidade Escolar, um documento que reúne orientações sobre o autocuidado mental dos profissionais da sala de aula, entre outros temas.

Professores da rede pública de ensino que quiserem fazer o acompanhamento psicológico podem entrar em contato. O serviço é gratuito para os educadores da rede pública do DF. “A Secretaria está fazendo todo o possível para minimizar o impacto psicológico de professores e servidores devido à mudança de rotina imposta pela pandemia. A pasta está dando todas as orientações e suportes para que os professores consigam atravessar este momento que atinge a todos, pois é sensível à situação desses profissionais”, informou a assessoria de imprensa do órgão, em nota oficial.

A Secretaria de Educação usa como referência orientações de instituições como o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP/DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outras. Os professores são instruídos a ter um cuidado com a própria saúde física e emocional, criando momentos de pausa na rotina, alimentando-se de maneira balanceada e recorrendo a atividades como ioga e meditação, por exemplo.
A Secretaria de Educação informou que o Guia para Acolhimento traz algumas sugestões de materiais e metodologias para este período de transição entre o modelo on-line e presencial, que “tem se desdobrado para dar todo o suporte necessário aos profissionais” e que “não haverá aumento da carga horária do professor”. O guia conta com recomendações para as atividades presenciais nas escolas durante a pandemia, que estão previstas para serem retomadas a partir de 3 de agosto.

BIOMEDICINA FAN – NÃO TE CONTARAM

EDUCAÇÃO FÍSICA FAN – NÃO TE CONTARAM

ENGENHARIA MECÂNICA FAN – NÃO TE CONTARAM

ENGENHARIA ELÉTRICA FAN – NÃO TE CONTARAM

NUTRIÇÃO FAN – NÃO TE CONTARAM

FISIOTERAPIA FAN – NÃO TE CONTARAM

ENFERMAGEM FAN – NÃO TE CONTARAM

TRANSFERÊNCIA EXTERNA FAN

VESTIBULAR FAN 2020.2 VOCÊ É A DIFERENÇA

PSICOLOGIA FAN – NÃO TE CONTARAM

ADMINISTRAÇÃO EAD – UNEF

LOGÍSTICA EAD – UNEF

PEDAGOGIA EAD – UNEF

GESTÃO AMBIENTAL EAD – UNEF