Saúde mental é a maior preocupação das mães no mercado de trabalhoMães que trabalham têm níveis mais altos de ansiedade e depressão em comparação com os pais. Veja o que as empresas podem fazer para apoiá-las

Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-mulher/2023/05/saude-mental-e-a-maior-preocupacao-das-maes-no-mercado-de-trabalho/

Com o Dia das Mães chegando, o lançamento da sexta edição do Annual State of Motherhood Report, feito pela plataforma norte-americana de conteúdo para mães Motherly, não poderia vir em melhor hora. A pesquisa deste ano dá atenção às duras realidades vividas pelas mães quando se trata de lidar com uma carreira e a família – como saúde mental, finanças, sexo e vida social, preconceito no trabalho e, claro, encontrar quem cuide de seus filhos.

“Minha esperança é que esses dados ajudem mães e seus aliados na defesa de mudanças nos níveis corporativo e governamental”, diz Jill Koziol, CEO e cofundadora da Motherly. “Como as mães são a base de nossa sociedade, seus desafios são desafios sociais coletivos e devem ser enfrentados para garantir o sucesso do futuro da sociedade”.

A saúde mental de uma mãe que trabalha não está bem
As descobertas deste estudo em relação à saúde mental são preocupantes, mas não surpreendentes. Ele revela que as mães que trabalham têm níveis mais altos de ansiedade e de depressão em comparação com os pais que trabalham, com 66% delas relatando impactos negativos da pandemia na saúde mental.

Quase metade (46%) das mães estão atualmente procurando terapia;
58% das mães relatam que são as principais responsáveis ​​por administrar a casa e cuidar dos filhos;
Oito em cada dez mães (80%) estão preocupadas com uma possível recessão econômica e 71% relatam que planejam cortar gastos.
Mesmo em um cenário econômico difícil, as preocupações com a saúde mental ultrapassaram as financeiras como a principal fonte de preocupação das mães.

Além disso, a pandemia teve um impacto desproporcional nas cuidadoras, com 78% relatando que sua saúde mental foi afetada negativamente nesse período. O relatório também destaca que pais e mães negros e latinos tiveram maior impacto na saúde mental em comparação com pais brancos.

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As necessidades das mães não vêm sem um preço
De acordo com o estudo, as mães estão priorizando o sono ao invés do sexo e do tempo com os amigos. Além disso, 78% afirmam sacrificar o sono para cuidar de suas famílias. Essa estatística mostra a imensa pressão que as mães estão enfrentando enquanto lutam para equilibrar as demandas do trabalho e da casa.

Não é só o sono que elas estão deixando de lado: também estão desistindo de suas vidas sociais. O relatório constatou que 80% das mães tiveram que recusar convites sociais devido a responsabilidades como cuidadoras.

Como trazer as mães de volta para a força de trabalho?
Há algo que continuamos vendo no ecossistema de pais e responsáveis ​​que trabalham: para trazer as mães de volta à força de trabalho, elas precisam de flexibilidade e de cuidados acessíveis para seus filhos.

Não é surpresa que o alto custo de cuidados de crianças esteja afetando a maneira como as mães conduzem suas carreiras. 70% das mães dizem que tiveram que fazer sacrifícios em suas carreiras para atender às necessidades de suas famílias, com 50% citando o cuidado dos filhos como o principal motivo. Na verdade, 72% das mães acham que o custo dos cuidados com as crianças é um fardo financeiro significativo, o que simplesmente confirma que a falta de creches acessíveis é talvez a barreira que mais impede as mães de participar plenamente da força de trabalho.

Como se suspeitava, a demanda por flexibilidade no local de trabalho continua ocupando o centro da discussão.

60% das mães relatam que seu empregador não está oferecendo nenhuma forma nova ou adicional de flexibilidade em resposta à pandemia;
46% das mães dizem que os acordos de trabalho flexíveis são o benefício mais importante que seu empregador pode oferecer;
O relatório constatou que a falta de acordos de trabalho flexíveis levou 52% das mães a considerar deixar o mercado de trabalho ou reduzir suas horas de trabalho.
No WRK/360, plataforma norte-americana de desenvolvimento de cuidadores que trabalham, muitas vezes vemos nossos clientes, pais que trabalham e cuidadores (principalmente mulheres), lidando com fortes crises. As razões são várias: um sistema de educação falido, falta de opções flexíveis de trabalho e, agora, uma insegurança econômica – a lista é infinita. Como mostra o relatório, não cabe a cada um encontrar uma solução para essas demandas. É fundamental que os líderes das organizações impulsionem a mudança de políticas e cultura do local de trabalho.

Como avançamos?
Uma coisa é ter todas essas estatísticas, mas outra coisa é fazer algo com essas descobertas e informações. E agora?

Compartilhe as descobertas com seus amigos, parceiros, colegas e líderes. Comece a conversar sobre o que pode ser feito para apoiar as mães. Diga para suas equipes do trabalho quando você precisar se ausentar para cuidar de alguém – por exemplo, fale quando você está faltando a uma reunião para levar sua sogra ao médico ou para assistir à apresentação de dança de sua filha.

E para organizações e lideranças, desafie-se com uma pergunta simples. Que ações estamos tomando que podem aumentar os desafios que as mães que trabalham estão enfrentando em nossa organização?

Avalie os regimes de trabalho flexíveis da sua empresa, as políticas de folgas remuneradas, o suporte à saúde mental, o acesso a creches acessíveis (ou melhor ainda, a oferta delas) e a cultura geral de ajuda aos funcionários. Você está simplesmente oferecendo esses benefícios para fazer o mínimo e, em seguida, desencorajar ou até mesmo punir aqueles que os usam?

Como os gerentes são educados e treinados na implementação e no suporte de cuidadores e pais em sua organização? Eles também são incentivados a ser exemplos de tal comportamento, como tirar uma folga para descansar e se recuperar?

Temos que fazer mais do que programas e políticas, os empregadores podem fazer sua parte no trabalho em direção a um mundo no qual as mães possam finalmente prosperar tanto em casa quanto no trabalho.

  • Mary Beth Ferrante é colaboradora da Forbes USA. Ela é fundadora da WRK/360, empresa de consultoria, treinamento e recursos para dar suporte a mães e pais que trabalham.

(Traduzido por Gabriela Guido)

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De estresse a demência: como a homofobia compromete a saúde mental

Indivíduos LGBTQIA+ têm maior propensão a desenvolver declínio cognitivo na terceira idade

 (crédito: AFP / OSCAR DEL POZO)

(crédito: AFP / OSCAR DEL POZO)

Em 17 de maio é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a Homofobia, ou LGBTfobia, (International Day Against Homophobia, em inglês), criado pelos movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos em memória à data em que a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.

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“Também conhecida como Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, a data visa conscientizar sobre a importância da luta contra a discriminação da sexualidade ou identidade de gênero”, frisa Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH) e especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC).

Um estudo conduzido por pesquisadores da UNESP e da USP, publicado na revista científica Nature Scientific Reports, mostrou que o percentual de brasileiros adultos declarados assexuais, lésbicas, gays, bissexuais e transgênero é de 12%, ou cerca de 19 milhões de pessoas, levando-se em conta os dados populacionais do IBGE.

Os resultados da pesquisa apontaram que, dentre os 12% considerados LGBTQIA+, 5,76% são assexuais, 2,12% são bissexuais, 1,37% são gays, 0,93% são lésbicas, 0,68% são trans e 1,18% são pessoas não-binárias.

Como a homofobia afeta a saúde mental

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de agressões contra os cidadãos LGBTQIA registradas no ano de 2021 foi de 1.719, um aumento de 35,2% em relação a 2020, quando foram registradas 1.271. Já o número de estupros passou de 95 para 179.

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“Em pleno século 21, mesmo após anos de esforços dos movimentos em prol dos direitos humanos, a identidade transgênero e a afeição por indivíduos do mesmo sexo/gênero continuam sendo encaradas como uma anormalidade por alguns segmentos da sociedade”, afirma Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Segundo Claudia Petry, a comunidade LGBTQIA passa diariamente pela sensação de não pertencimento à sociedade, de não se enquadrar no espectro binário de orientação sexual e identidade de gênero, sendo fortes gatilhos para desencadear transtornos comportamentais.

Distúrbios mentais

Vários estudos realizados pela Mental Health Foundation, instituição no Reino Unido voltada à promoção da saúde mental, confirmam que homossexuais e transexuais têm maior suscetibilidade a transtornos psiquiátricos em comparação aos heterossexuais.

O pesquisador Ilan H. Meyer, do Departamento de Ciências Sociais e Médicas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, também examinou a prevalência de distúrbios mentais em indivíduos LGBTQIA.

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O autor considerou fatores como preconceito, falta de apoio familiar, exclusão dos espaços públicos, discriminação no ambiente de trabalho, isolamento e, consequentemente, as experiências diárias de rejeição e hostilidade.

“O estudo concluiu que estes fatores contribuem para o desenvolvimento de estresse crônico, ansiedade generalizada, depressão, pensamentos suicidas, automutilação, abuso de álcool e substâncias, entre outras condições”, pontua Monica Machado.

De acordo com Claudia Petry, também é muito comum desenvolver a chamada homofobia internalizada. “A pessoa começa a criar uma negação da própria orientação sexual, gerando enfrentamento para aceitar a si mesma. Esse quadro costuma ocorrer devido à sobrecarga emocional que vai sendo internalizada ao longo da sua vida.”

Declínio cognitivo

Uma pesquisa da Universidade do Estado de Michigan, liderada por docentes de Sociologia da instituição e divulgada no The Gerontologist, trouxe um dado alarmante: indivíduos LGBTQIA possuem maior propensão a desenvolver comprometimento cognitivo leve ou demência precoce na terceira idade, em comparação a adultos heterossexuais na mesma faixa etária.

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O trabalho comparou habilidades cognitivas de 3,5 mil adultos LGBTQIA e heterossexuais, usando uma ferramenta de triagem e um questionário que testa seis domínios. Essas áreas incluíam orientação temporal, linguagem, habilidades visuoespaciais, função executiva, atenção, concentração e memória de curto e longo prazo.

Dentre as conclusões, o estresse e a depressão, comuns nesse grupo, foram considerados os fatores de risco mais importantes para o declínio cognitivo ao decorrer da vida.

Baixa qualidade de vida

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a partir de microdados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, revelou que a população LGBTQIA no Brasil possui, em média, três vezes mais chance de sofrer violência física do que o público heterossexual.

O Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS) corrobora a tese: suas pesquisas indicam que as métricas de qualidade de vida de pessoas da comunidade LGBTQIA eram mais baixas do que as registradas por heterossexuais.

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“De fato, lidar com ataques homofóbicos constantemente, seja por agressão física ou moral, pode causar danos irreparáveis e comprometer a saúde da pessoa como um todo. Daí a importância de buscar ajuda especializada e, principalmente, denunciar todo e qualquer episódio de homofobia”, finaliza Monica Machado.

Debates e conscientização sobre a saúde mental materna pautam o calendário do Maio Furta-cor em Caxias do Sul

Mês integra o calendário oficial do município e terá ações para sensibilizar acerca do tema

Bruno Todeschini / Agencia RBS
No mês das mães, o Maio Furta-cor busca sensibilizar sobre a saúde mental materna’Bruno Todeschini / Agencia RBS

Quando o assunto é maternidade, pouco se fala sobre os desafios desse período na vida das mulheres. Por isso, um mês voltado especialmente ao debate e ao cuidado com a saúde mental das mães foi idealizado desde 2020. É o Maio Furta-cor. A necessidade de trazer a pauta ao debate ocorreu porque, de acordo com a organização da campanha, uma a cada quatro mulheres sofre violência no parto; uma a cada quatro mulheres sofre com a depressão pós-parto; e uma a cada duas mulheres perde o emprego depois de ser mãe. 

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Para se ter uma ideia da dimensão da situação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), toda a mulher está suscetível a desenvolver transtornos mentais durante a gravidez e no primeiro ano após o parto. Conforme dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, a cada 100 mil nascimentos, o Brasil teve uma média de 107 mortes de puérperas nos primeiros 42 dias após o parto. 

Representantes da campanha em Caxias, a psicóloga Michele Bueno e a doula e consultora em amamentação Larissa Simon, lideram o movimento no município há dois anos. Ao todo, são 20 voluntárias que fazem parte da campanha, que busca sensibilizar a sociedade sobre a saúde mental materna. 

— A gente já percebe que, nesse ano, tivemos uma abrangência bem maior, seja com apoiadores ou com voluntários. Um marco muito importante foi a aprovação de um projeto de lei, no qual Caxias passa a instituir o Maio Furta-cor e visa trabalhar, durante o mês todo, a causa da saúde mental materna — explica Michele.

Desde o dia 17 de abril de 2023, o Maio Furta-cor faz parte do calendário oficial do município. A lei nº 8.929, que institui o mês dedicado a ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna, foi proposto pela vereadora Rose Frigeri (PT). 

— O impacto principal da aprovação dessa lei é nas políticas públicas. Nesse ano, vamos conseguir trabalhar o treinamento das equipes das unidades básicas de saúde (UBS) para a sensibilização dessa questão de mapear sintomas e sinais de adoecimento em gestantes e puérperas — comemora Larissa. 

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A doula ainda explica que o cuidado com a saúde mental materna ainda é um tema pouco abordado na área da saúde e que ainda não existe uma formação especifica para os profissionais da saúde aprenderem sobre o assunto. 

— Sabemos que situações de violência obstétrica são prevalentes nesse sentido. São mulheres que tiveram experiências difíceis de parto e pós-parto, prematuridade, situações sociais adversas, como fome, violência doméstica, gravidez não planejada… Diversas situações que podem contribuir para o adoecimento — destaca Larissa. 

Além das situações sociais e psicológicas, Michele também pontua que a romantização da maternidade contribui para que mães se sintam pressionadas. Para a psicóloga, quando se tem uma sociedade que romantiza e idealiza a maternidade, isso também coloca as mulheres em uma posição de pressão e contribui para o adoecimento. 

— As mulheres não se sentem acolhidas para falar que estão cansadas ou sobrecarregadas. A sociedade idealiza uma maternidade na qual a mulher precisa estar sempre alegre e isso não é a realidade o tempo todo. Existem desafios durante o período de gravidez e puerpério — afirma.

Rede de apoio faz a diferença

A empreendedora Uine Monteiro convive com a realidade de cerca de 11 milhões de mulheres brasileiras, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, de ser mãe solo. 

— Tem uma culpa que nós, mães solo, carregamos, que é até pouco falada entre nós mesmas: a culpa de termos escolhido o pai errado. A culpa nunca é de quem fica, mas de quem abandona. Nós temos que arcar com essa responsabilidade de explicar para os filhos, porque eles perguntam: por que o pai não vem? — destaca Uine. 

Bruno Todeschini / Agencia RBS
Uine é mãe solo de duas crianças e é voluntária na campanha Maio Furta-corBruno Todeschini / Agencia RBS

Para ela, a sobrecarga de tarefas e psicológica é enorme. Mãe de duas crianças, uma de três anos e outra de um ano e meio, Uine tem dois empregos atualmente: possui um ateliê de produtos voltados à maternidade e representa uma deputada federal no município.

— Quando tu estás com uma criança e a outra chora, aí precisa correr para ajudar, mas também precisa tirar um tempo para si. Mas, que hora? Quando coloco as crianças para dormir já é quase 22h. E aí preciso fazer as tarefas da casa, a criança acorda de novo e não tem quem ajude a atender a criança — conta. 

Uine afirma que tirar um tempo para o autocuidado é uma atividade rara no seu cotidiano. Ela afirma que tudo se torna mais difícil quando as pessoas não estão dispostas a ajudar. Uine conta que, quando é algum compromisso profissional, a rede de apoio auxilia com mais facilidade. Mas, quando se trata de um momento para o autocuidado, a situação é mais complicada.

— Eu vivo correndo. Quando sobra um tempo, tento fazer alguma coisa. No final de semana, ninguém convida as crianças para ir ao parque, fazer alguma coisa diferente. Isso que eu moro, praticamente, ao lado dos meus pais. Mas as pessoas não assumem esse compromisso contigo — explica Uine.

Ela destaca que já tentou, mais de uma vez, pedir ajuda para a rede de apoio, seja família ou amigos, mas que, no final das contas, a ajuda nunca vem. Mesmo em momentos em que o convite é para uma ida ao parque ou alguma atividade de lazer com as crianças, Uine conta que as respostas são sempre negativas. 

Filhos atípicos: um desafio pouco debatido

Conviver com o preconceito e a falta de informações sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, o famoso TDAH, é comum no dia a dia de Tatiane de la Pase. Mãe de gêmeos com o transtorno, ela convive com a dificuldade da inclusão dos filhos. Para ela, uma maternidade com duas crianças com TDAH traz muitos desafios. Hoje, os filhos de Tatiane têm 14 anos, mas, apesar de já estarem na adolescência, os desafios continuam.

— Faz 20 anos que eu estou tentando fazer faculdade de direito e só agora consegui. Aí as pessoas se perguntam: por que não dá? Por que a gente não consegue realizar essas nossas questões? Esse espaço foi fruto de muito sonho meu. Mas é difícil realizar nossos desejos porque o cuidado cai exclusivamente sobre nós, mães — pontua. 

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Tatiane é voluntária no Maio Furta-corBruno Todeschini / Agencia RBS

Quando os filhos estão em fases de maior dificuldade e que precisam de mais atenção, a primeira pessoa que deixa suas tarefas e vontades de lado é Tatiane, a mãe. Ela conta que tem um cuidado extra com a criação dos filhos para que, no futuro, quando forem pais, tenham a responsabilidade de dividir o cuidado das crianças. 

— A adolescência, por si só, já é uma fase difícil. Os pais, em geral, têm dificuldades com crianças típicas. Eles já tem dificuldades de se relacionar com os seus adolescentes, então, exige ainda mais tempo. Infelizmente, hoje, temos que preparar nossas meninas para se preocuparem e se responsabilizarem pelos filhos. Não que isso seja o certo, mas porque não temos as ferramentas necessárias para que seja diferente — afirma. 

Até com as aulas a mãe encontra dificuldades de adaptação. Tatiane conta que precisou tirar um dos filhos da escola que frequentava porque sentia que não existia um esforço por parte da instituição para auxiliar as crianças. 

— Minha vontade era de fazer uma gritaria, mas eu não pude porque me preocupei com quem cuidaria das crianças ou onde elas ficariam. Isso traz para a gente, que estamos sempre fazendo tudo errado, que não lutei pelo meu filho o suficiente. Que a culpa é minha — pontua. 

“Eu engravidei e os médicos falavam que eu ia perder”

Para Eunice Kûnzer, a gravidez e a maternidade sempre foram um sonho. No entanto, desde os 15 anos, ouvia de médicos e profissionais da área da saúde que nunca conseguiria engravidar. Ela conta que, por um tempo, chegou a fazer tratamento com medicamentos para tentar auxiliar na fertilidade. 

— Engravidei e os médicos falavam que eu ia perder. Eu tinha lido que, se passasse das 25 semanas de gestação, o bebê sobreviveria. Eu cheguei às 28 semanas. Minha filha, Sofia, nasceu extremamente prematura, com 37 centímetros e 1,1kg — conta. 

Assim que a filha nasceu, precisou ficar na incubadora para poder desenvolver os órgãos em um ambiente seguro. No entanto, já no segundo dia de vida, começaram as complicações de saúde: primeiro uma gripe, depois uma pneumonia e, mais tarde, uma hemorragia pulmonar. 

— A pediatra falava que, toda vez, era como uma surpresa: poderia ser boa ou ruim. Quando a Sofia teve a hemorragia, ela falou exatamente isso. 

As palavras da médica tiveram um impacto muito grande para Eunice. Mais tarde, quando precisou ficar internada em função de uma bolsa rota, outra vez, as palavras de um médico a assustaram. Dessa vez, o médico informou que a filha precisaria nascer extremamente prematura e que Eunice precisaria ficar internada.

Bruno Todeschini / Agencia RBS
Tatiane de la Pace (E), Cibele Crochi (centro) e Eunice Kûnzer (D) dividem suas vivências no grupo de voluntárias do Maio Furta-corBruno Todeschini / Agencia RBS

— Nos três dias de internação, fiquei isolada, incomunicável, não me deixaram ficar com celular, nem meu marido entrar no quarto, não me davam notícia nenhuma. Na hora dá um choque. Eu precisei organizar minhas ideias para conseguir ficar bem — explica. 

Ainda falta cuidado nos ambientes hospitalares

A psicóloga e representante da campanha em Caxias, Michele Bueno, viveu na pele a dor da perda gestacional. No caso dela, o parto seria no último dia 5 de maio. 

— Eu sou mãe de uma menina e eu e meu marido sempre imaginamos ter dois filhos. Quando decidimos engravidar, no início de 2022, comecei a me preparar. Em dois meses de tentativas, veio o resultado positivo que esperávamos — conta. 

Ela explica que, pouco depois da descoberta da gravidez, passou por um sangramento. Por isso, realizou exames que atestavam que estava tudo bem com o feto. Alguns dias depois, quando completou dois meses de gestação, em outro exame, o resultado foi diferente: o feto já não tinha mais batimentos cardíacos. 

— Eu passei pelo procedimento de Aspiração Manual Intrauterina (Amiu). É um processo muito doloroso, tanto física quando psicologicamente. Foi muito difícil lidar com essa perda, ainda mais que fizemos tudo certo, nos preparamos — lamenta. 

Ela conta que nos ambientes hospitalares ainda não existe um atendimento humanizado para esses casos. Ela explica que as mães passam por experiências difíceis, afinal, mesmo tendo perdido o bebê, as mulheres ficam na ala materno infantil, onde também estão as mães com filhos saudáveis.

— É difícil de lidar, a gente vê as mães. Estamos sofrendo pela nossa perda e ouvimos o choro dos bebês das outras mães, elas iniciando o processo de amamentação. Precisamos evoluir muito nisso.

Bruno Todeschini / Agencia RBS
Há três anos, a campanha Maio Furta-cor se preocupa com a saúde mental maternaBruno Todeschini / Agencia RBS

Programação  do Maio Furta-cor em Caxias do Sul

:: 13/5, às 13h30min — Marcha Maio Furta-cor, partindo do Instituto Quindim e dando a volta na Praça Dante Alighieri

:: 13/5, das 15h às 17h30min — Feira de mães empreendedoras, com oficinas culturais e artísticas para adultos e crianças, no Instituto Quindim

:: 18, 19 e 25/5, das 8h às 10h — Capacitação das equipes de saúde das UBSs sobre rastreamento psicológico perinatal, no auditório da Secretaria da Saúde de Caxias do Sul

:: 20/5, das 9h30min às 11h30min — Grupo terapêutico de Mães MaternaSer, no Instituto Materno Infantil

Programação de lives do Maio Furta-cor

:: 11/5, às 19h30min — “Humanização no atendimento ao pré-natal obstétrico e saúde mental materna”, com Fernanda Oliveira Castilhos, ginecologista e obstetra

:: 15/5, às 19h30min — “Atendimento Humanizado no Parto e Puerpério e saúde mental materna”, com Fernanda Ferraro Susin, ginecologista e obstetra

:: 17/5, às 20h — “A cura dos registros traumáticos através da microfisioterapia e da psicologia em casos de perdas gestacionais”, com Melina Faggion Dani, fisioterapeuta e microfisioterapeuta

:: 18/5, às 20h — “Relação entre saúde mental materna e nutrição”, com Sabrina Orlandin, nutricionista materno-infantil

:: 22/5, às 19h — “Atuação da doula e sua influência na saúde mental materna”, com o Coletivo de Doulas Conectar

:: 25/5, às 19h30min — “A influência da saúde mental materna na saúde integral das crianças”, com Marcelo Saldanha, pediatra

Maio Furta-Cor: eventos alertam sobre cuidados com a saúde mental materna

A campanha ocorre em todo o país. Em Brasília, diversas profissionais e empresas já aderiram a causa e estão montando uma programação extensa

postado em 09/05/2023 21:02

 (crédito: Reprodução/Freepik)

(crédito: Reprodução/Freepik)

Em maio, mês dedicado as mães, uma iniciativa busca sensibilizar a sociedade em relação a saúde mental materna. A campanha Maio Furta-Cor tem o intuito de ampliar a visibilidade e a consciência sobre o tema e fomentar discussões em torno do assunto com ações de conscientização, incentivo ao cuidado, além de estimular a construção de políticas públicas de saúde para mulheres e mães.

A psicóloga Rita Rocha, representante do Maio Furta-cor em Brasília, destaca que existem diversas atividades previstas durante todo o mês. Para a especialista, a iniciativa neste ano está focada na implementação da lei distrital 7.163 de 4 de julho de 2022 — que incluirá no calendário oficial de eventos do Distrito Federal o Mês Maio Furta-Cor. A audiência na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para a implementação de referida lei está marcada para a próxima sexta-feira (12/5).

“O evento será de grande importância, pois terá representantes de vários segmentos do governo, como a Secretaria de Saúde, Secretaria da Mulher, Secretaria de Educação. Nós visamos conseguir implementar não só o rastreio para depressão pós-parto, mas o acompanhamento do pré-natal psicológico e todo tipo de orientação que as mães precisam desde o pré-natal. Nós precisamos que as pessoas entendam que é tão importante o pré-natal psicológico quanto o pré-natal ginecológico”, reforça Rita.

Outro destaque da campanha deste ano é a inclusão das mães atípicas (que têm filhos com alguma deficiência ou síndrome rara) e a maternidade de mulheres pretas. “Sabemos que os índices de violência obstétrica, mortalidade no parto, depressão pós-parto e até mesmo o suicídio são muito maiores com as mulheres pretas. A gente precisa entrar nessas lacunas, trabalhar nesse viés, pois é um assunto de importância social global. A saúde mental nada mais é do que um bem-estar que engloba toda a nossa questão biopsicossocial”, conclui a psicóloga.

A campanha ocorre em todo o país. Em Brasília, diversas profissionais e empresas já aderiram a causa e estão montando uma programação extensa, que inclui uma caminhada com o grupo feminino de percussão Batalá, seguida de várias atividades no Parque da Cidade, marcada para este sábado (13/5), das 9h às 13h, na área entre os estacionamentos 10 e 11. O evento é aberto ao público e a sugestão é que os participantes se vistam com a camiseta da campanha ou de branco. Confira a programação completa: 

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Eventos presenciais: 

  • Audiência Pública para implementação da Lei Distrital Maio Furta-cor (Lei 7.163 de 4 de julho de 2022):
    Data: 12/5/2023 (sexta-feira)
    Horário: 14h
    Local: Câmara Legislativa do Distrito Federal, Sala de Comissões Pedro de Souza Duarte
  • Marcha Maio Furta-cor
    Data: 13/5/2023 (sábado)
    Horário: 9h às 13h
    Local: Área verde entre os estacionamentos 10 e 11 do Parque da Cidade
    Programação:
    10h: Caminhada com participação especial do grupo Batalá
    11h: Shantala com Magali Melo
    11h30: Yoga com professor Paixão
    12h: Dois prá lá, dois prá cá – Dança materna com Aila e Rafaela Kalaffa
    12h: Roda de conversa sobre Maternidade Atípica, com a jornalista e mãe Jéssica Andrade
  • Palestra Atendimento Acolhedor no Pós-parto – Jornada de Saúde Unieuro
    Com a psicóloga Camila Barros e Aline França, doula pós-parto e consultora de amamentação
    Datas: 16/5/2023 (terça-feira) e 25/5/2023 (quinta-feira)
    Horário: 10h
    Local: Unieuro Águas Claras
  • Roda de Conversa: O bebê chegou, e agora? – Jornada de Saúde Unieuro
    Com a mediadora Letícia Farias
    Data: 16/5/2023 (terça-feira)
    Horário: 19h
    Local: Unieuro Águas Claras
  • Palestra: Saúde Mental Materna Importa? – Jornada de Saúde Iesb
    Com Danielle Silva, Rita Rocha, Denise Percilo e Isabela Parente
    Data: 16/5/2023 (terça-feira)
    Horário: 19h
    Local: Iesb Oeste (Ceilândia)
  • Roda de Conversa: Desafios da Maternidade da Mulher Preta – Jornada de Saúde Unieuro
    Com as mediadoras Anna Luísa, Paolla Krystie e Rita Rocha
    Data: 17/5/2023 (quarta-feira)
    Horário: 10h
    Local: Unieuro Águas Claras
  • Palestra: Quanto os desafios do tornar-se mãe acontecem com a prematuridade – Jornada de
    Saúde Unieuro
    Com Denise Percílio, Maria Aparecida Martins e Samara Alves
    Data: 17/5/2023 (quarta-feira)
    Horário: 19h
    Local: Unieuro Águas Claras
  • Palestra: Saúde Mental Materna Importa? – Jornada de Psicologia Iesb
    Com Paolla Krystie, Letícia e Natália.
    Data: 17/5/2023 (quarta-feira)
    Horário: 19h
    Local: Iesb Asa Sul (613/614 Sul)
  • Roda de conversa para mães e familiares
    Com a psicóloga Denise Percilo
    Tema: Importância do cuidado com a saúde mental de gestantes e puérperas
    Data: 25/5/2023 (quinta-feira)
    Horário: 10h
    Local: Próximo à UNEO do Hospital Regional de Ceilândia
  • Roda de conversa com gestantes e mães
    Tema: Preservando a saúde emocional entre a gestação e o puerpério
    Mediadoras: Camila Barros, psicóloga, e Aline França, doula pós-parto e consultora de amamentação
    Data: 26/5/2023 (sexta-feira)
    Horário: 9h
    Local: Academia Unique Sudoeste
  • Roda de conversa do Grupo de Gestantes e Puérperas da UnB
    Tema: Saúde Mental Materna das Mulheres indígenas – do gestar ao cuidar,
    Com a EO Silvéria Santos. Mediadora: Doula Magali Melo.
    Data: 26/5/2023
    Horário: das 09h30 às 11h30
    Local: PEAC da Faculdade de Enfermagem UnB
  • Roda de conversa com gestantes e mães
    Tema: O que perdemos quando ganhamos um bebê e a culpa materna
    Mediadora: Solange Bittar
    Data: 27/5/2023 (sábado)
    Horário: 9h
    Local: Academia Unique – Brasília/DF

Eventos On-line

  • Live: Saúde Mental Materna da gestação à chegada do bebê
    Com Magali Melo, coordenadora do Grupo de Gestantes e Puérperas da UnB
    10/5 (quarta-feira), às 15h, no perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Live: Autocuidado na maternidade atípica
    Com Karen Vargas, Psicóloga Perinatal (CRP 01/17397) e Lucinete Andrade (diretora-presidente da
    Abraci)
    11/5 (quinta-feira), às 14h, no perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Live: Não espere chegar no limite para pedir e aceitar ajuda
    Com Isabela Parente, psicóloga perinatal (CRP 01/11741)
    17/5 (quarta-feira), às 15h, no perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Live: Mitos e verdades da maternidade na vida da mulher
    Com Denise Percilo, Psicóloga Perinatal (CRP 01/5753)
    19/5 (sexta-feira), às 19h, no perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Live: Rede de apoio e sua importância na parentalidade
    Com Letícia Monteiro, psicóloga parental (CRP 01/21008)
    23/5 (terça-feira), às 13h30, no perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Lançamento do e-book gratuito Cuide-se pra Cuidar
    Autora: Laura Schwengber
    Data: 27/5/2023 (sábado)
    No perfil do Instagram @lauraschwengber
  • Live: Importância do Pré-natal psicológico
    Com a Profª Drª em Psicologia, Alessandra Arrais (CRP 01/06420-0)
    29/5 (segunda-feira), às 13h30, no perfil do Instagram @lauraschwengber

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

10/05/2023 notícias

BIBLIOTECA DEIVISSON LOPES

📰 JRMUNEWS, Ano 5, Nº 1543 🗞
📌 De Pariquera-Açu-SP
🗺 Notícias do Brasil e do Mundo
🗓 Quarta-Feira, 10 de Maio de 2023
⏳ 130º dia do ano
🌔 Lua Cheia Minguando, 78% visível

♥ Não deixe o jrmunews acabar, faça um pix na chave celular 13982205403

💭 Frase do Dia: “A felicidade não se guarda: é para consumo imediato.” – Mario Quintana

🗓 HOJE É DIA…
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🍳 Cozinheiro
🍳 Gastrônomo
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⏳ MAIS UM ANO…
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⚽ Associação Chapecoense de Futebol de Chapecó-SC
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Fonte: Martirológio Romano/Wikipédia
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😇 Santo Antonino
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😇 São Cirínio
😇 São Congal
😇 São Damião de Molokai

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Impactos e mudanças no trabalho que a IA poderá gerar em Bibliotecas – por Francisco Foz

Deivisson Lopes Informação, Comunicação & Entretenimento

Publicado originalmente em: https://franciscofoz.medium.com/impactos-e-mudan%C3%A7as-no-trabalho-que-a-ia-poder%C3%A1-gerar-em-bibliotecas-40cdf9d8c1d

Não há como negar, nos próximos anos a sociedade será impactada pelos desdobramentos dos avanços da Inteligência Artificial.

Afetará diversas áreas e com a Biblioteconomia, não será diferente.

Para entender melhor esse cenário, no texto de hoje trago alguns pontos de dois artigos que li a respeito.

Bora lá!?

Gif de um corredor de uma biblioteca com chão de madeira, na cor bege, com estantes, na cor branca, repleta de livros.

Sumário

O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO

Como a inteligência artificial pode mudar o trabalho da biblioteca acadêmica?

Considerações Finais

O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO

O artigo“O impacto da Inteligência Artificial nos serviços de informação: inovação e perspetivas para as bibliotecas”,de 2021, identificou duas principais áreas que a IA poderá ser aplicada para otimização dos serviços informacionais:

  1. Processamento de informação: Principalmente com informações digitais, essa nova tecnologia poderia auxiliar trabalhos ainda manuais, como o processo decatalogação de documentos bibliográficos e iconográficos;Melhorar serviços de…

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Saúde mental: saiba onde encontrar atendimento psicológico e psiquiátrico a baixo custo ou de graça

Saúde mental: saiba onde encontrar atendimento psicológico e psiquiátrico a baixo custo ou de graça

Campanha enfatiza a importância de promover o bem estar psíquico da população diante dos efeitos colaterais da pandemia

14/01/2022 – 22h00minCOMPARTILHE:

Jhully Costa

JHULLY COSTA

Especialistas alertam: após quase dois anos de pandemia de covid-19, o cuidado com o bem estar psíquico da população se torna ainda mais necessário. Diante disso, com o tema “O mundo pede saúde mental!”, a campanha Janeiro Branco deste ano chama a atenção para o problema universal e dedica-se a conscientizar a sociedade sobre o assunto.

De acordo com a psicóloga clínica Samantha Sittart, que é especialista em psicoterapia psicanalítica e membro do Grupo de Pesquisa Envelhecimento e Saúde Mental (GPESM-CNPq) da PUCRS, o movimento criado em 2014 tem como objetivo promover a psicoeducação da sociedade, ou seja, levar informações para que as pessoas consigam detectar sintomas em si ou em entes próximos para, então, procurar ajuda. 

Os principais sinais de alerta são: condições prévias de depressão e ansiedade; sentimento de desesperança; medo constante (de morrer, de ficar doente, de sair de casa, de faltar testes, vacinas ou leitos hospitalares); tristeza constante; sintomas de ansiedade (falta de ar, suor nas mãos e aumento da frequência cardíaca); sentimentos frequentes de angústia, frustração, raiva e irritação; dificuldade para se relacionar com amigos, familiares e colegas; alterações no sono; falta de ânimo; dificuldade para lidar com o luto e com as emoções; pensamentos catastróficos e pessimistas; mudanças abruptas de comportamento; introspeção; impulsividade; e choro excessivo. 

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Para auxiliar a população, há projetos que oferecem atendimento psicológico e psiquiátrico com valores mais baixos do que os geralmente cobrados em consultórios particulares ou até mesmo de graça. Confira, abaixo, opções para procurar ajuda em Porto Alegre e outras cidades gaúchas:

Rede pública   

Pessoas que não estiverem se sentido bem e apresentarem sintomas iniciais de doenças psicológicas, como ansiedade e depressão, podem procurar ajuda por meio dos serviços de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre. De acordo com a pasta, as unidades de saúde prestam atendimento para casos de menor gravidade, mas equipes especializadas também atuam na rede. Confira: 

Equipe de Saúde Mental Adulto (ESMA): presta atendimento ambulatorial especializado em saúde mental para adultos. O acesso ocorre por meio do encaminhamento pelas unidades de saúde, internações hospitalares, emergências em saúde mental e outros serviços especializados. Atualmente, são nove equipes: 

  • ESMA NEB: Rua Rodrigues da Costa, 11, bairro Sarandi – (51) 3289-8230 
  • ESMA NHNI IAPI: Rua 3 de Abril, 90 (Posto IAPI – área 13), bairro Passo d’Areia – (51) 3289-3407 
  • ESMA NHNI Navegantes: Avenida Presidente Franklin Roosevelt, 5, bairro Navegantes – (51) 3289-5510 
  • ESMA Centro: Rua Capitão Montanha, s/n, 2º andar, bairro Centro – (51) 3289-2962 
  • ESMA GCC: Avenida Oscar Pereira, 3.391, bairro Cascata – (51) 3289-8258 
  • ESMA SCS: Rua João Pitta Pinheiro Filho, 176, bairro Camaquã – (51) 3289-5609 
  • ESMA RES: Rua Abolição, 850, bairro Restinga – (51) 3261-7793 
  • ESMA LENO: Rua Marieta Menna Barreto, 210 , bairro Alto Petrópolis – (51) 3289-8262 
  • ESMA PLP: Rua Tobias Barreto, 145, bairro Partenon – (51) 3289-5776 

Equipe de Saúde Mental Criança e Adolescente (EESCA): presta atendimento ambulatorial especializado em saúde mental para crianças e adolescentes. O acesso ocorre por meio do encaminhamento pelas unidades de saúde, internações hospitalares, emergências em saúde mental e outros serviços especializados. Atualmente, são nove equipes: 

  • EESCA NEB: Avenida Assis Brasil, 6.615, sala 306, bairro Passo d’Areia – (51) 3364-3053 
  • EESCA NHNI IAPI: Rua 3 de Abril, 90 (Posto IAPI – área 20), bairro Passo d’Areia – (51) 3289-3436 
  • EESCA NHNI Navegantes: Avenida Presidente Franklin Roosevelt, 5, bairro Navegantes – (51) 3289-5510 
  • EESCA Centro: Rua Capitão Montanha, s/n, 2º andar, bairro Centro – (51) 3289-2965 
  • EESCA GCC: Avenida Moab Caldas, 400 (Posto da Cruzeiro – área 16), bairro Santa Tereza – (51) 3289-4065 
  • EESCA SCS: Rua João Pitta Pinheiro Filho, 176, bairro Camaquã – (51) 3241-2343 
  • EESCA RES: Rua Abolição, 850, bairro Restinga – (51) 3261-7486 
  • EESCA LENO: Rua Nazareth, 570, fundos, bairro Bom Jesus – (51) 3334-9772  
  • EESCA PLP: Avenida Bento Gonçalves, 3.722, bairro Partenon – (51) 3289-5523 

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): prestam atendimento multiprofissional especializado em saúde mental para tratamento e reinserção social de adultos que apresentam transtornos mentais graves e persistentes. O acesso ocorre através de encaminhamento pelas unidades de saúde, internações hospitalares, emergências em saúde mental e outros serviços especializados. Atualmente, são quatro:  

  • CAPS II Bem Viver: Rua Marco Polo, 278, bairro Cristo Redentor – (51) 3337-0726 
  • CAPS II Cais Mental: Avenida José Bonifácio, 71, bairro Bom Fim – (51) 3289-5519 
  •  CAPS II GCC: Rua Dr. Campos Velho, 1.718, bairro Cristal – (51) 3289-5728 
  • CAPS II Hospital de Clínicas: Rua São Manoel, 285, bairro Rio Branco – (51) 3359-8710 

Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi): serviço de atenção psicossocial para atendimento de crianças e adolescentes que apresentam transtornos mentais graves e persistentes, bem como uso abusivo de álcool e outras drogas. O acesso ocorre por meio encaminhamento pelas unidades de saúde, internações hospitalares, emergências em saúde mental e outros serviços especializados. São três: 

  • CAPSi Casa Harmonia: Avenida Loureiro da Silva, 1.995, bairro Cidade Baixa – (51) 3289-2690 
  • CAPSi Pandorga: Rua Dom Diogo de Souza, 429, bairro Cristo Redentor – (51) 3340-1238  
  • CAPSi Supimpa: Rua São Manoel, 285, bairro Rio Branco – (51) 3359-8712 

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD): serviço especializado em saúde mental que atende pessoas com problemas decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas. Presta atendimento a adultos e a adolescentes acima de 15 anos. Porto Alegre conta com oito CAPS AD e, para obter o atendimento, basta procurar diretamente o serviço. Os CAPS AD III e IV têm funcionamento 24 horas. 

  • CAPS AD II GCC: Rua Raul Moreira, 253, bairro Cristal – (51) 3289-5734 
  • CAPS AD III Passo a Passo: Avenida Carneiro da Fontoura, 57, bairro Jardim São Pedro – (51) 3345-1759 
  • CAPS AD III NHNI: Avenida Pernambuco, 1.700, bairro Navegantes – (51) 3230-6362 
  • CAPS AD III SCS: Avenida Cavalhada, 1.930, bairro Cavalhada – (51) 3230-6364 
  • CAPS AD III PLP: Rua Dona Firmina, 144, bairro São José – (51) 3230-6360 
  • CAPS AD III Caminhos do Sol: Avenida Protásio Alves, 7.585, bairro Alto Petrópolis – (51) 3407-5225 
  •  CAPS AD III Girassol: Estrada João Antônio da Silveira, 440, bairro Restinga – (51) 3248-7704  
  • CAPS AD IV Céu Aberto: Rua Comendador Azevedo, 97, bairro Floresta – (51) 3230-6366 

Instituições com consultas a baixo custo  

Contemporâneo: Instituto de Psicanálise e Transdisciplinaridade  

  • Rua Casemiro de Abreu, 651 – Boa Vista, Porto Alegre  
  • Atendimento psicológico e psiquiátrico para crianças, adolescentes, adultos, casais, idosos e famílias. 
  • Psiquiatria: somente atendimento presencial para adultos  
  • Psicoterapia individual: atendimento presencial e online, sendo a primeira consulta por R$ 50 e os valores seguintes definidos conforme a renda familiar do paciente, a partir de R$ 80
  • Agendamentos e dúvidas: WhatsApp (51) 98275-0189  

Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (Cefi) 

  • Rua Carlos Trein Filho, 34 – Auxiliadora, Porto Alegre  
  • Atendimento psicológico e psiquiátrico individual, familiar e de casal  
  • Consultas particulares e convênios, com atendimentos sociais para psicoterapia conforme a disponibilidade dos profissionais da clínica   
  • Agendamentos para triagem: WhatsApp (51) 99420-7006  

Instituto Wilfred Bion   

  • Rua Pedro Pieretti, 80 – Jardim Botânico, Porto Alegre  
  • Atendimento psicológico presencial e online  
  • A primeira consulta é R$ 55, sendo os próximos valores negociados diretamente com o terapeuta  
  • Agendamentos: (51) 3319-7665 e (51) 99172-7977   

Fundação Universitária Mário Martins   

  • Rua Dona Laura, 185 – Rio Branco, Porto Alegre  
  • Atendimento psicológico e psiquiátrico nas modalidades presencial e online  
  • O valor da consulta é R$ 80 
  • Agendamentos: (51) 3333-3266, (51) 98599-8253 e (51) 99984-8377 

Instituto Cyro Martins   

  • Rua General Souza Doca, 70 – Petrópolis, Porto Alegre 
  • Atendimentos psiquiátricos e psicológicos nas modalidades presencial e online  
  • Psicologia: a partir de R$ 25 com estagiários da área (há fila de espera) e R$ 90 com terapeutas formados, uma vez por semana  
  • Psiquiatria: R$ 130 
  • Agendamentos: (51) 3338-6041 e (51) 99805-5808   

Sigmund Freud Associação Psicanalítica  

  • Rua Marquês do Herval, 375 – Moinhos de Vento, Porto Alegre   
  • Atendimento psicanalítico para crianças, adolescentes e adultos. 
  • O valor das consultas é combinado diretamente com os terapeutas   
  • Agendamentos: (51) 3062.7400, das 8h às 21h 

Instituto Fernando Pessoa 

  • Rua Mariante, 356 – Rio Branco, Porto Alegre  
  • Atendimento psicológico e psiquiátrico nas modalidades presencial e online  
  • Sessão semanal de psicoterapia, com duração de 50 minutos, entre R$ 90 e R$ 110. A terapia de casal e família custa R$ 150. 
  • Sessões suplementares semanais sem custo adicional, quando a situação clínica indicar. 
  • Agendamentos: (51) 3346-6588, das 8h às 19h, de segunda a sexta-feira, e à noite e finais de semana pelo número (51) 99969-6459   
  • E-mail: ifpessoa@terra.com.br 

Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre   

  • Rua Tobias da Silva, 287 – Moinhos de Vento, Porto Alegre   
  • Rua Sinimbu, 973 – Nossa Senhora de Lourdes, Caxias do Sul   
  • Atendimento psicanalítico com valores acessíveis nas modalidades presencial e online 
  • A primeira consulta é R$ 55. O valor das próximas sessões é combinado entre profissional e paciente   
  • Agendamentos para Porto Alegre: pelo site cepdepa.com.br e pelos telefones (51) 98524-0638 e (51) 3222-3900 
  • Agendamentos para Caxias do Sul: pelo site cepdepa.com.br e pelos telefones (54) 98416-6397 e (54) 3223-3209.   

Centro de Estudos José de Barros Falcão (CEJBF) 

  • Rua Uruguai, 335, conj. 25 – Centro Histórico, Porto Alegre 
  • Atendimento psiquiátrico e psicoterápico nas modalidades presencial e online 
  • O valor da consulta particular é R$ 75 
  • Agendamentos: (51) 3228-2001 ou (51) 98594-9810 

Universidades 

Universidade La Salle 

A Universidade La Salle oferece consultas com psicólogos por meio de atendimentos particulares ou convênios e um serviço realizado pelos acadêmicos formandos da instituição, que estagiam na unidade do Serviço Escola de Psicologia (SEP), e são supervisionados por profissionais habilitados. Os atendimentos com os acadêmicos possuem valores sociais que são definidos em uma triagem socioeconômica. Tanto a triagem como o acompanhamento (com profissionais ou acadêmicos) podem ocorrer de forma presencial ou online. 

Na triagem socioeconômica, o paciente passa por um atendimento que tem por objetivo acolher as demandas, entender o motivo da procura e avaliar sua atual situação financeira e social. A avaliação é feita pelos profissionais ou acadêmicos junto ao paciente, definindo qual investimento é possível e viável para que ele possa ter acesso aos atendimentos psicológicos. 

Em casos de extrema vulnerabilidade social, o atendimento pode ser gratuito por até 90 dias (conforme a avaliação da triagem socioeconômica e as vagas disponíveis). Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (51) 3476-8333 ou pelo WhatsApp (51) 98061-5555. Pelas redes sociais da instituição (@lasallesaude), também é possível receber acolhimento e agendar consultas.   

Feevale   

A Universidade Feevale oferece atendimento psicológico aos moradores de Novo Hamburgo e da região do Vale do Sinos por meio do Centro Integrado de Psicologia (CIP) da instituição. Os atendimentos são realizados por alunos concluintes do curso de Psicologia e supervisionados por professores e profissionais da área.     

O público-alvo dos atendimentos são crianças a partir dos nove anos, adolescentes, adultos e idosos. Existe a possibilidade de gratuidade nas consultas, mediante avaliação de ficha socioeconômica. No entanto, caso o paciente não se encaixe nos critérios avaliados, é possível obter atendimento por um valor acessível, que será informado diretamente ao solicitante.    

Os interessados em participar devem entrar em contato pelo e-mail cip@feevale.br e aguardar o retorno da equipe com as devidas orientações.    

Unisinos   

A partir do Programa de Atenção Ampliada à Saúde (PAAS), que é o Serviço-Escola interdisciplinar da Unisinos, a instituição oferece atendimentos na área da psicologia para a comunidade de São Leopoldo. As atividades presenciais estão sendo retomadas aos poucos, mas o atendimento virtual ainda é uma opção. Os atendimentos são feitos pelos estagiários de forma gratuita para pacientes com renda familiar de até três salários mínimos.     

No atendimento presencial, pode ocorrer a cobrança de taxas simbólicas, de no máximo R$ 8 por consulta. Pacientes que não se encaixem no requisito da renda familiar, também conseguem obter atendimento por valor acessível com profissionais credenciados, formados pela Unisinos. Interessados podem entrar em contato com a instituição pelo WhatsApp (51) 3590-8418. 

Ulbra   

A Clínica-escola de Psicologia (Clinesp) e o Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência (Naviv) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) retomam no início de março, de forma presencial e online, os atendimentos para a comunidade. Os serviços de psicoterapia com abordagem em psicanálise, terapia cognitivo comportamental, avaliação psicológica e psicodiagnóstico, e os atendimentos a vítimas de violência são prestados de segunda a sexta-feira.  

Os atendimentos serão mediante pagamento de um valor social e as consultas presencias ocorrem em Canoas (Avenida Farroupilha, 8.001, prédio 22 – 2º andar). A instituição ressalta que todos os protocolos sanitários, como uso de máscara e álcool gel, medição de temperatura e distanciamento social, serão seguidos para garantir a segurança dos pacientes. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone (51) 3477-9269.  

Fadergs 

O Centro Integrado de Saúde (CIS) da Fadergs disponibiliza atendimento psicológico gratuito para a comunidade externa, realizado por acadêmicos de Psicologia no final da graduação, sob a supervisão de um profissional. As consultas são individuais e destinadas às pessoas maiores de 18 anos, seguindo a abordagem Cognitivo-Comportamental (TCC). Os atendimentos são semanais e têm duração de 50 minutos.

A psicoterapia ocorre de forma presencial, de segunda a sexta-feira, no subsolo do campus Galeria Luza, no Centro Histórico de Porto Alegre, e também na modalidade de plantão online aos sábados, com um total de quatro encontros. A instituição destaca que todos os protocolos relacionados à pandemia de covid-19 serão seguidos. Caso seja da preferência do paciente, a psicoterapia também pode ocorrer de forma remota. 

Por ser uma prática de estágio supervisionado, o período do acompanhamento psicológico ocorre de acordo com o calendário acadêmico da instituição. Neste ano, o início está previsto para 20 de fevereiro. Agendamentos e mais informações: servicopsico@fadergs.edu.br ou (51) 3230-3378. 

UniRitter 

Por meio do seu Centro Integrado de Saúde (CIS) da Psicologia, destinado ao exercício das práticas profissionais dos estudantes que estão cursando as disciplinas de estágio curricular, a UniRitter disponibiliza atendimento psicológico gratuito para a comunidade. São ofertados serviços de acolhimento, psicoterapia e avaliação psicológica clínica, realizados por alunos acompanhados de psicólogos e professores supervisores.  

Os atendimentos são destinados a crianças, adolescentes, adultos e famílias, e ocorrem nas segundas e quartas-feiras, das 8h ao meio-dia e das 14h às 18h, e nas sextas das 8h ao meio-dia. Neste ano, as consultas terão início em março e, caso seja da preferência do paciente, também podem ocorrer de forma remota. 

Os serviços presenciais são ofertados nos campus Canoas (Rua Santos Dumont, 888, bairro Niterói, no térreo, prédio C) e Porto Alegre (Rua Orfanotrófio, 555, bairro Alto Teresópolis, sub solo 2, prédio D). Mais informações: pelo e-mail cis.canoas@uniritter.com.br e pelo telefone/WhatsApp (51) 3464-2002, ou pelo e-mail cis.zonasul@uniritter.com.br e pelo telefone/WhatsApp (51) 3230-3376. 

PUCRS 

O Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) abrirá, em março, inscrições para atendimentos clínicos, oferecendo abordagens psicanalítica, cognitivo-comportamental e sistêmica para crianças, adolescentes, adultos, idosos, casais e famílias, residentes de Porto Alegre.  

Os atendimentos são voltados à população de baixa renda e os interessados poderão se inscrever pelo telefone (51) 3320-3561, a partir de março. De acordo com a instituição, aqueles aos quais for possível garantir uma vaga receberão um link para o preenchimento de dados complementares.

As consultas ocorrem de forma presencial no endereço Avenida Ipiranga 6.681, prédio 11, sala 209, mas podem ser alteradas para o formato online de acordo com o cenário da pandemia. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (51) 3320-3561 ou pelo e-mail sapp@pucrs.br.

E como fica a saúde mental no meio de uma pandemia?Confira as orientações da neuropsicanalista Luciana Gomes Tino

confira as orientações da neuropsicanalista Luciana Gomes Tino

Por ASSESSORIA DE IMPRENSA17/01/2022A A

Lá se vão pouco mais de dois anos desde que o “novo normal” se instaurou no Brasil e no mundo. Um novo vírus, denominado pela ciência como Coronavírus, rapidamente se espalhou por todo o globo e impôs à humanidade os maiores desafios da história.

LEIATAMBÉM

IEV reafirma compromisso de realizar campanhas para o bem-estar dos pets em 2022

Em comemoração aos cinco anos, loja de Adamantina da Rede Sete sorteia carro e duas motos

Sem muito conhecimento, autoridades sanitárias e políticas de todo o planeta começaram a se mobilizar para frear a sua disseminação e desenvolveram soluções econômicas para aliviar os impactos financeiros causados na vida das pessoas e empresas e graças à ciência e à descoberta da vacina, chegamos na reta final de 2021, com a pandemia “aparentemente controlada” e assim retomando vários encontros e atividades presenciais que ficaram ameaçadas durante esse período. No entanto bastou iniciar 2022 para tudo sair dos trilhos novamente, novas cepas surgindo, cuidados sendo ignorados, inúmeras pessoas se contaminando, pandemia avançando, e aquela esperança de tudo poder voltar ao normal desaparecendo.

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E como fica a saúde mental e emocional das pessoas em meio a pandemia?

Para a neuropsicanalista Luciana Gomes Tino, o isolamento social provocou a sensação de confinamento pela pouca autonomia de mobilidade, contribuindo com conflitos familiares, dificuldade nas relações sociais e, principalmente, na relação da pessoa consigo mesma.

“A impressão de estar vulnerável, faz com que muitos tenham um sentimento de fraqueza diante das situações. As incertezas, os medos, que existem e é comum em todo ser humano, quando em meio a esta realidade se torna exacerbado, gerando uma exposição emocional maior e contribuindo para o surgimento de doenças emocionais em qualquer pessoa, até mesmo naqueles que se julgam estar conseguindo lidar com o momento”, esclarece a especialista.

Quais a principais doenças da mente decorrentes do isolamento?

Para conhecer um pouco mais sobre as doenças da mente e ajudar a identificar se você ou algum conhecido está sofrendo de alguma síndrome mental, pedimos a ajuda da neuropsicanalista que elencou as principais enfermidades nessa área. Se liga só!

– Estresse: um conjunto de reações não específicas desencadeadas quando uma pessoa é exposta a um estímulo ameaçador. Ao chegar à fase de exaustão, pode alterar o mecanismo de adaptação promovendo esgotamento físico, mental, psicológico e o aparecimento de doenças mais graves.

– Síndrome de Burnout: uma doença relacionada ao elevado e crônico estresse em relação ao trabalho. Está constituída de um conjunto de sintomas que afetam as condições físicas, mentais, emocionais e familiares, pode causar enfermidades graves.

– Ansiedade: refere-se à excitação no sistema orgânico, constituída por uma série de efeitos musculares como taquicardia e tremores, ligada a alguma situação ou experiência. Caracteriza-se por uma sensação de medo ou nervosismo, acarreta dificuldade de concentração, fadiga e insônia. Em estado mais grave, desenvolve-se síndrome do pânico.

– Depressão: caracterizada pela perda da autoestima, da motivação e da energia vital. Pode trazer à pessoa, a sensação de baixa possibilidade para alcançar objetivos pessoais e/ou profissionais, em razão de se sentir desorientada, triste e com vazio interior.

O que fazer? 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem de doenças da mente, antes mesmo da pandemia existir, e agora este número aumenta a cada dia, gerando um estado de alerta e exigindo um cuidado especializado para saúde emocional.

Para Luciana, identificar que algo não vai bem é o primeiro passo. “Rever rotinas, prioridades, delegar responsabilidades e aprender a dizer “não” são as próximas ações. Procurar ajuda é fundamental, pois a saúde mental é a capacidade de a pessoa buscar ajuda quando se encontra diante de alguma dificuldade para lidar com as diferentes transformações que estão acontecendo em sua vida”.

A neuropsicanalista ainda reforça que conflitos, dilemas e perturbações são típicos do ser humano.  “O cuidado com a saúde mental precisa fazer parte do cotidiano e da vida de qualquer pessoa”. Por isso, ao sentir “fadiga pandêmica” (novo termo utilizando pelos cientistas), não deixe de procurar ajuda especializada para receber o tratamento adequado.

O corpo é uma extensão da mente, e o significado que damos às experiências vividas refletem na saúde física. Para que tudo esteja em perfeito funcionamento, é preciso que PSIQUE/CÉREBRO/CORPO permaneçam em harmonia e equilibrados.

“Nosso corpo não adoece sem uma razão: ele se adapta a nossas experiências de acordo com o significado que damos a elas. Mas podemos mudar esse significado. Tratar a causa é o que fará os sintomas desaparecerem”.

O primeiro passo é agendar uma consulta de avaliação. Clique aqui.

Luciana Gomes Tino

Neuropsicanalista–Hipnoterapeuta–Treinadora comportamental

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Janeiro Branco: sintomas, causas e tratamento para doenças mentais

A psicóloga do Hapvida, Drª Adriana Melo, explica que “a depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida”. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. A prevalência registrada é maior entre as mulheres do que nos homens.

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FOTO: REPRODUÇÃO
Cidade Jardim Alto do Sumaré

A saúde mental ganhou ainda mais importância desde o início da pandemia em 2019. O primeiro mês do ano – Janeiro Branco – é dedicado à conscientização das doenças relacionadas à mente.

A psicóloga do Hapvida, Drª Adriana Melo, explica que “a depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida”.

É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. A prevalência registrada é maior entre as mulheres do que nos homens.

Para que se tenha uma mente saudável, alguns cuidados são necessários como por exemplo, reservar um tempo para curtir a vida e a convivência com os outros; praticar atividades físicas; manter uma alimentação saudável; reforçar os laços de amizade; ter boas noites de sono, entre outras ações.

Segunda a médica é sempre bom ter um acompanhamento clínico. “Não tenha vergonha de buscar ajuda de profissionais”. Os sintomas mais comuns são:

• humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;

• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;

• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;

• desinteresse, falta de motivação e apatia;

• falta de vontade e indecisão;

• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;

• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva para si, para os outros e seu mundo;

• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;

• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;

• perda ou aumento do apetite e do peso;

• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);

• dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse. Procure um especialista, como psicólogo ou psiquiatra.

aneiro Branco | 5 apps para cuidar da saúde mental recomendados pelo Google

Por Alveni Lisboa | Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Janeiro de 2022 às 08h36

O Google fez uma lista com cinco aplicativos indicados pela companhia para cuidar da saúde mental e emocional dos usuários do Android. A iniciativa é parte da campanha Janeiro Branco, criada em 2014 e cujo objetivo é chamar a atenção para os cuidados com o cérebro.

A listagem abrange apps para telefones celulares e tablets com foco em sessões de relaxamento, melhora na concentração ou até para fornecer apoio em casos de crises de ansiedade. São alternativas que não substituem o tratamento médico, mas podem ser uma ferramenta extra na luta contra as enfermidades da mente.

Confira cinco aplicativos em português da loja Google Play Store para você começar o ano com mais saúde e equilíbrio emocional:Quer ficar por dentro das melhores notícias de tecnologia do dia? Acesse e se inscreva no nosso novo canal no youtube, o Canaltech News. Todos os dias um resumo das principais notícias do mundo tech para você!

5. Lojong: Meditação Mindfulness

O Lojong tem uma pegada voltada para o lado do treinamento cerebral. São centenas de práticas que prometem trazer benefícios como alívio do estresse, controle da ansiedade, ampliação do foco e aumento da produtividade.

A técnica do Mindfulness tem como meta ajudar as pessoas a ter mais autoconsciência sobre suas emoções, o que pode trazer todos os benefícios citados acima. Ha indicações até para combate à insônia e melhoria na concentração. Um dos destaques é o programa “Dormir Bem” com a sua imensa variedade de medições para melhorar a qualidade do sono.

4. Rootd – Alívio do ataque de pânico e ansiedade

O Rootd pode até ter um nome complicado para muita gente, mas seu propósito é direto: reduzir crises de ansiedade e ataque de pânico. A interface simples tem um botão vermelho na parte inferior da tela para guiar o usuário a dois caminhos distintos, conforme a situação momentânea.

A promessa é de conseguir entregar conforto mental o mais rápido possível no enfrentamento a ataques. O programa tem integração com a agenda do aparelho e permite ligar imediatamente para um contato cadastrado, como o seu médico, um membro da família ou o centro de ajuda mais próximo.

3. Conversa Comigo

O Conversa Comigo tem uma das propostas mais diferentes da lista, pois é voltado para a psicoeducação. Mesmo assim, o aplicativo tem conteúdos interativos para melhorar o bem-estar emocional. Há também a possibilidade de conversar com especialistas em assuntos como ansiedade, depressão, autoestima, casamento, namoro, trabalho e relacionamento.

Esses especialistas, na verdade, são perfis programados por uma equipe de psicólogos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para interagir com respostas pré-elaboradas para dúvidas mais comuns. Se a pessoa precisar de uma ajuda mais aprofundada, o programa pode direcioná-la para os profissionais credenciados pela rede Conversa Comigo.

2. Cíngulo: Terapia Guiada

O Cíngulo tem sua abordagem voltada para a terapia guiada, uma técnica desenvolvida a partir de mais de uma década de pesquisa científica e conhecimento clínico sobre a mente humana. O objetivo é conduzir sessões sem intervenção humana, o que pode deixar o ambiente menos intimidador para muita gente.

O app conta com vários exercícios práticos de autoavaliação, sessões diárias de autoconhecimento, uma área de diário emocional (para relatar seus sentimentos cotidianos) e outras funcionalidades. De modo individual ou como ferramenta complementar à psicoterapia, o Cíngulo pode ser um baita aliado para os profissionais da mente e seus pacientes.

1. Headspace: Meditação e Sono

Um dos mais conhecidos da lista, o Headspace tem até série na Netflix em que ajuda as pessoas a melhorar o sono e meditar. O objetivo do app é ajudar no controle do estresse com exercícios de meditação guiada e atenção plena, com atividades para melhorar a respiração e obter noites mais tranquilas.

A função ‘Adormecer’ oferece meditações, músicas relaxantes e os chamados “Sleepcasts” para estimular o descanso. Outras funcionalidades atendem às necessidades de quem tem insônia, já que o brilho da tela é reduzido e há mais ênfase na localização dos botões.

Síndrome de Burnout: doença ocupacional é reconhecida pela OMS no CID-11

Síndrome de Burnout: doença ocupacional é reconhecida pela OMS no CID-11

18 de janeiro de 2022 3

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As doenças mentais estão se tornando cada vez mais objeto de estudo entre especialistas. Dentre elas, a depressão é a mais conhecida, mas recentemente mais uma foi adicionada a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) pela Organização Mundial de Saúde (OMS): a Síndrome de Burnout.Apple promove apps de saúde e fitness encorajando usuários a se exercitarem com produtos da marca 2

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A Síndrome de Burnout é caracterizada pela OMS como:

Um estresse crônico no ambiente de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.

Dentre os principais sintomas dela estão: cansaço, exaustão, negatividade constante sobre o trabalho, distanciamento das atividades profissionais, redução de eficácia e produtividade. Estes sintomas se diferente da depressão ou ansiedade por estarem ligados diretamente ao trabalho, mas pode levar a quadros mais sérios envolvendo as doenças já citadas.

O diagnóstico da doença deve ser feito por um profissional de saúde como um psicólogo, um psiquiatra ou um médico qualificado. Geralmente, os casos são mais frequentes entre profissionais jovens de áreas como tecnologia, saúde e educação, mas na teoria qualquer pessoa pode desenvolver a doença caso não consiga lidar com o estresse frequente.O que fazer caso o diagnóstico seja positivo? 

Caso o profissional de saúde dê o diagnóstico positivo para Burnout é possível pedir uma licença médica de 15 dias para se recuperar. Durante este período o trabalhador segue recebendo sua remuneração normalmente sem sofrer nenhum prejuízo.

Entretanto, caso o funcionário necessite de mais dias para se recuperar ou realizar algum tratamento é possível entrar com uma ação trabalhista. Para isto, é preciso comprovar o diagnóstico com documentos e uma declaração do médico responsável pelo tratamento.

Neste caso, o trabalhador tem direito aos benefícios pelo afastamento devido a uma doença ocupacional, que são: saque do FGTS, auxílio-doença, indenizações e estabilidade garantida por 12 meses após retornar ao trabalho.O impacto da Síndrome de Burnout nas empresas 

No caso do empregador, como a Síndrome de Burnout agora é reconhecida como ocupacional, cabe a ele zelar para que seus empregados tenham um ambiente de trabalho adequado com o menor estresse possível.

Dentre as opções estão desenvolver estratégias para reduzir a sobrecarga de trabalho sobre os funcionários, incentivar uma política de colaboração entre todos evitando atitudes que aumentem o estresse e, consequentemente o esgotamento emocional, pois ambos podem levar ao desenvolvimento de Burnout e outras doenças mais graves.

É importante lembrar que Burnout é uma doença classificada como ocupacional, dessa forma, se provado, o empregador pode ser responsabilizado e até mesmo obrigado a pagar indenizações caso ele não ofereça condições dignas de trabalho para seus funcionários.

Transtornos mentais na pandemia preocupam pais

Os impactos da pandemia da Covid-19 atingem profundamente o bem-estar emocional das famílias, de maneira geral. As crianças, embora se mostrem menos suscetíveis ao contágio pelo vírus, estiveram, como todos, expostas ao turbilhão de mudanças provocadas pela crise sanitária. O reflexo sobre o comportamento dos menores tem sido percebido em casa e relatado aos profissionais de saúde.

No ano passado, particularmente, a Care Plus registrou um aumento exponencial na busca pelos serviços do Programa Mental Health. Em março de 2021 a demanda cresceu 96% em relação ao mesmo período de 2020. Nesse universo, 46% dos acionamentos relativos à pandemia apontavam solicitações ou orientações a respeito de relações familiares.

“As queixas relativas ao sofrimento infantil foram frequentes, trazidas pelas figuras parentais”, diz Ana Paula Martins, coordenadora de psicologia da Care Plus. “Muitas dúvidas e aflições estiveram associadas à fadiga frente às aulas on-line, situações de aumento ou diminuição significativa do apetite, alterações no padrão do sono, irritabilidade, regressão, ansiedade, crises de choro e agressividade de crianças e adolescentes”, acrescenta.

A vacinação avança e reduz a gravidade dos casos em todas as idades, é fato, mas ainda não acaba com a pressão sobre a saúde mental. Afinal, as medidas para mitigação da transmissão da Covid-19, como o uso de máscara e o isolamento social, estão longe de serem suspensas, enquanto houver riscos de novas cepas do vírus.

A psicóloga Ana Paula Martins salienta que ao observar nos filhos sinais de sofrimento ou mudanças comportamentais importantes, é fundamental iniciar o mais breve possível o suporte psicológico especializado. O diagnóstico deve considerar que parte do sofrimento possivelmente está associada às condições impostas pela pandemia, e não necessariamente a uma doença de base.

De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pelo menos uma em cada sete crianças no mundo foi afetada por lockdowns. A ruptura das rotinas relacionadas à educação e recreação, a preocupação com a renda familiar e com a saúde são fatores apontados para a sobrecarga emocional de crianças, adolescentes e jovens.  O relatório The State of the World’s Children 2021; On My Mind: Promoting, Protecting and Caring for Children’s Mental Health alerta ainda para o risco do impacto da Covid-19 na saúde mental dessa fatia da população perdurar por muitos anos.

As recomendações em prol do bem-estar emocional infantil e juvenil, feitas pela coordenadora de psicologia da Care Plus, apoiam-se em três pilares:

Limites para o uso de tecnologia

A exposição excessiva às telas prejudica a socialização e altera condições como postura e visão. Durante refeições em família, por exemplo, é importante desligar o celular. Na hora de dormir, também deve ser evitado. “O uso do aparelho interfere na qualidade do sono”, explica a psicóloga. “O sono de má qualidade é um dos gatilhos para instalação de sofrimento emocional.”

Promoção de atividades físicas

Preferencialmente ao ar livre, contribuem para redução do estresse e da ansiedade, além de favorecerem a autoestima, funções cognitivas e de socialização. “É contraditório restringir o acesso às redes sociais, impor limites de horários para uso de celular e não promover para uma rotina saudável de atividades físicas para a família”, acrescenta Ana Paula Martins.

Cuidados extensivos aos pais 

A família, de maneira geral, precisa de momentos de descompressão e autocuidado. “Nesta fase de pandemia, especialmente desestabilizadora para adolescentes, a mediação dos pais é frequentemente exigida para fazer frente às oscilações de humor dos filhos”, diz a psicóloga. “Os adultos também precisam reservar um tempo para exercícios de autopercepção e relaxamento.”

A Care Plus mantém o Programa Mental Health, um serviço que oferece o modelo de atendimento focado no equilíbrio emocional de seus beneficiários. Disponível durante 24 horas por dia, sete dias por semana, oferece tratamento com profissionais de diferentes especialidades, de acordo com a necessidade do beneficiário. De modo totalmente humanizado e acolhedor, focado no equilíbrio emocional para auxiliar em momentos de sensibilização.

Além disso, a operadora premium tem investido em outras iniciativas que visam contribuir para o conhecimento, a desmistificação de doenças mentais e o acolhimento de pacientes, como a promoção e patrocínio de workshops e debates – foi patrocinadora do painel sobre Saúde Mental do Summit do Estadão, realizado em outubro de 2021.

Sobre a Care Plus

Care Plus faz parte da Bupa, que tem presença em mais de 190 países. Há 30 anos, fornece soluções de saúde premium, por meio de uma ampla gama de produtos (medicina, odontologia, saúde ocupacional e medicina preventiva). É a principal operadora de saúde no Brasil em seu nicho de mercado, atendendo a mais de mil empresas e cerca de 195 mil beneficiários.